Linda Brasil critica uso político dos festejos juninos para autopromoção com recursos públicos
- Morgana Barbosa
- 18 de jun.
- 2 min de leitura

Na manhã desta quarta-feira, 18, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), a deputada estadual Linda Brasil (Psol) criticou o uso político das festas juninas promovidas pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Aracaju. Segundo a parlamentar, os eventos têm sido utilizados como palanques para autopromoção de autoridades, por meio da comunicação institucional financiada com recursos públicos.
Linda alertou que, em vez de serem aproveitados como espaços para a divulgação de informações de interesse público, como prevenção ao uso de álcool em relação ao trânsito, combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, e outros temas fundamentais à saúde e à segurança da população, os festejos têm sido marcados por mensagens que exaltam a imagem de gestores como se fossem responsáveis diretos pelos eventos.
“De acordo com os relatos que recebemos, as mensagens transmitidas sistematicamente durante a programação tratam o evento como se fosse um presente pessoal dado por eles ao povo, quando na verdade isso é incorreto. São eventos produzidos com recursos públicos. Além disso, é um direito constitucional assegurado aos cidadãos, assim como a saúde e a educação, ter acesso à cultura e ao lazer”, reforçou.
A parlamentar enfatizou que é papel do Estado, e especialmente da Comunicação Pública, garantir o acesso da população a informações úteis e educativas. Nesse sentido, cobrou uma atuação mais republicana dos instrumentos de comunicação, a exemplo da TV Aperipê, emissora pública estadual, para que contribua com campanhas de conscientização e orientação, em parceria com secretarias e demais órgãos públicos.
Linda Brasil também informou que sua equipe já enviou ofícios ao Governo do Estado e a prefeituras solicitando que os grandes eventos juninos sejam utilizados para ações de comunicação voltadas à cidadania. “As festas podem ser espaços de alegria, mas também de consciência e direitos”, salientou.
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