“A internet não é uma terra sem lei”, alerta Linda Brasil ao falar sobre indiciamento de criminosos que a ameaçaram
- Morgana Barbosa
- há 13 horas
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A deputada estadual Linda Brasil (Psol) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira, 4, para destacar o indiciamento de três autores de ataques de cunho transfóbico e ameaças praticadas contra ela. A Polícia Civil, por meio do Departamento de Crimes contra o Patrimônio (Depatri) e da Delegacia de Crimes Cibernéticos, mantém investigações sobre novos casos registrados pela parlamentar.
“Essa ação manda um recado muito importante: a internet não é uma terra sem lei. Quem comete crimes nas redes sociais, escondido atrás de uma tela, será encontrado, investigado e responsabilizado, porque o racismo transfóbico, que é o ódio contra a nossa existência enquanto pessoas trans, é um crime, e a justiça será feita”, declarou a parlamentar.
Linda explica que, desde que foi eleita, enfrenta ataques e ameaças. “Essas investigações são referentes às ameaças sofridas há dois meses, quando foram viralizados vídeos que distorceram as minhas falas”, explicou.
Os casos também foram denunciados pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público Estadual, que fortaleceram as ações de enfrentamento aos crimes. “Essa ação evidencia que nenhuma ameaça ou violência virtual, seja contra mim ou contra qualquer pessoa, ficará impune. A lei vale para o mundo real e para o digital”, frisou.
De acordo com a parlamentar, em diálogo com os delegados André Baronto e Érico Xavier, que conduziram as investigações, ficou expressa a gravidade do crime virtual, pelo potencial de propagação, o que impacta na potencialização das penas. As três pessoas identificadas por meio das investigações da Polícia Civil foram indiciadas pelos crimes de ameaça e injúria racial transfóbica. Novas ameaças recebidas pela parlamentar seguem sob investigação.
“Parabenizamos a Polícia Civil pela atuação e seguiremos lutando por um ambiente seguro para todas, todos e todes, sem ódio, sem perseguição e sem discriminação”, salientou.









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