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Linda Brasil defende criação de Política de Atenção à Saúde Mental Materna no Estado de Sergipe


Deputada Linda Brasil
Deputada Linda Brasil

Em um contexto em que a saúde mental materna ainda é invisibilizada nas políticas públicas, a deputada estadual Linda Brasil (Psol) apresentou o Projeto de Lei nº 157/2025, que estabelece diretrizes para a criação da Política de Atenção à Saúde Mental Materna em Sergipe. A iniciativa reconhece os profundos impactos emocionais da gestação, do parto e do puerpério, que são fases em que mulheres e pessoas que gestam estão mais suscetíveis a transtornos psicológicos, e propõe um cuidado integral que vai além do acompanhamento físico, incluindo atenção psicossocial e acolhimento em situações de luto materno.


De acordo com a parlamentar, o projeto nasceu da escuta do movimento Maio Furta-Cor, que atua em todo o país na luta pela criação de políticas públicas voltadas à saúde mental das pessoas que gestam.


“Esse projeto nasceu da escuta do movimento Maio Furta-Cor aqui em Sergipe. E também nasceu da compreensão de que cuidar da saúde mental das mães é cuidar do futuro de toda a sociedade. A gestação, o parto e o puerpério são períodos intensos, cheios de transformações físicas, emocionais e sociais. E embora todos celebrem a chegada de uma nova vida, nem sempre se fala dos sofrimentos silenciosos e invisíveis que muitas mulheres e pessoas que gestam enfrentam nesse processo”, afirmou a parlamentar.


A saúde mental materna é um aspecto fundamental do cuidado integral à pessoa que gesta, mas ainda enfrenta grande invisibilidade nas políticas públicas. Muitas pessoas que gestam enfrentam sozinhas transtornos como ansiedade, depressão pós-parto e luto gestacional, sem uma rede estruturada de acolhimento e acompanhamento multiprofissional, o que compromete a vida das e dos gestantes, dos bebês e de toda a família.


Priscila Neres
Priscila Neres

A urgência desse projeto se revela em histórias como a de Priscila Neres, atendente de telemarketing, moradora da periferia e mãe solo de uma menina de seis anos. Ela relata a difícil experiência com a depressão pós-parto.


“Quando a gente passa por isso, a gente se assusta, sente muito medo, porque é algo muito novo, que não é falado, não é normalizado. Eu fiquei muito tempo sozinha, sem conseguir dividir esses sentimentos com ninguém, porque parecia que nem eu mesma entendia o que estava sentindo. Busquei ajuda no SUS, mas não consegui atendimento imediato e senti que os profissionais não estavam preparados. Depois, consegui um atendimento na UFS, com um psicólogo que me ouviu com sensibilidade e me ajudou, junto com o acolhimento que recebi no terreiro de Candomblé. Esses dois pilares foram fundamentais para eu sair da depressão. Mas sei que muitas mulheres não têm essa oportunidade e isso é desesperador. Sem acolhimento, o risco de abandono e até de suicídio é real, e por isso esse projeto é tão necessário, urgente e importante”, relatou Priscila.


Linda Brasil detalha que o projeto considera, inclusive, a repercussão desse adoecimento mental não só na pessoa que gesta, mas também no vínculo com o bebê e na dinâmica familiar. “O impacto na dinâmica familiar pode perpetuar ciclos de sofrimento e exclusão, e esse é um dos motivos pelos quais essa proposta é urgente”, completa Linda. 


Entre as diretrizes previstas está a atenção humanizada e baseada em evidências, sensibilização da comunidade sobre a importância da rede de apoio, integração entre os serviços de saúde e garantia de acesso universal e equitativo aos atendimentos. Além disso, estabelece objetivos como capacitação de profissionais, criação de linha de cuidado específica, pré-natal e pós-natal psicológicos no SUS, uso de ferramentas de triagem, visitas domiciliares, aconselhamento profissional no pós-parto, atendimento prioritário em saúde mental e escuta qualificada em casos de luto gestacional ou neonatal.


Carolina Geisel
Carolina Geisel

Representando o movimento Maio Furta-Cor, a psicóloga Carolina Geisel, ressaltou a importância do PL como um marco para o fortalecimento das políticas públicas voltadas à saúde mental materna.


“Eu acho que é um marco para um movimento que vem crescendo no Brasil. Quando a gente gera atenção para as políticas públicas, a gente reconhece o direito de atender pessoas que gestam durante o período da maternidade. É muito importante ter o apoio da deputada para trazer cada vez mais essa discussão e reconhecer a necessidade de amparar publicamente as pessoas que gestam em relação à atenção à saúde mental”, pontuou Carolina.


A psicóloga considerou ainda que, embora a depressão pós-parto seja bastante conhecida, existem outros quadros que precisam ser enfrentados, como a ansiedade durante a gestação e ao longo do processo de maternar. 


“O adoecimento mental das pessoas que gestam é uma crescente no país. A gente precisa olhar para esses sintomas como uma necessidade de chamado de atenção e amparo em saúde pública”, concluiu. 


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